“Comecei a leitura [do Vale das ameixas]. Os olhos não me ajudam e o cérebro me arma ciladas, embaralha nomes. Nada que me impeça, porém, de me encantar com a poesia que há em cada frase. O livro pode ser aberto em qualquer página, ao acaso. Independentemente da trama ou da situação, há em todas um brilho inequívoco de ouro, do melhor ouro que a literatura pode produzir. Aquele ouro que você vem garimpando há tanto tempo. Você é um exemplo de coerência. Não há nenhum passo dado aleatoriamente. Tudo construído com rigor. Pura arquitetura. Assim como o Dalton, você tem sido Hugo desde sempre. O melhor existe em você porque houve o bom. Valeu a pena, valeu tudo. Espero ter tempo de usufruir esse tesouro. Agradeço-lhe, como haverão de lhe agradecer os leitores que estiverem preparados para tanta beleza.”
(Raul Drewnick, escritor e jornalista, autor de dezenas de livros, principalmente infantojuvenis, entre eles Veneno lento (FDT), O goleiro fantasma (Lazuli) e vários da Coleção Vaga-Lume, da Ática, como A hora da decisão, Vencer ou vencer, A grande virada e Um inimigo em cada esquina. )
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