“O ficcionista não disserta a respeito do que sabe ou pensa do universo: faz com que o contemplemos. Hipérboles do real, a recordação em Marcel Proust, as situações de Franz Kafka ou a factícia baleia de Melville ultrapassam a experiência do leitor, imerso numa realidade cuja natureza, ao invés de ser apenas entendida, penetra-o. O real, longe de ser negado, é por esse meio iluminado.”
(Osman Lins, Guerra sem testemunhas.)