M.W./Voz e Vale

“Obra monumental o seu A Voz dos Sinos. Vale das Ameixas é o que me encanta, comove e deixa feliz e gratificado ao ler e reler. A Voz é outra coisa: texto definitivo e síntese da profundidade da obra e das críticas e análises a Osman. Li em conta-gotas. Primeiro, porque não tenho qualquer familiaridade com Osman; então, tudo era novo e pleno de descobertas. A mais importante é a de que a fonte de Osman está no que há de mais grandioso na literatura (pensamento filosófico) da moderna e conflituosa humanidade na Era Darwin. Está em Dostoiévski e seus Crime e Castigo e Memórias do Subsolo; no magistral Moby Dick de Melville; no Inferno de Dante; na Metamorfose de Kafka; na Quinta de Beethoven (talvez na Quinta de Mahle também); em Camus; na Bíblia; e, para mim, está em Lima Barreto, o maior escritor brasileiro depois de Guimarães.

Digo tudo isso porque a leitura dos seus livros recentes, o ensaio e romance, se deu no entremeio da releitura que faço de Dostoiévski, Gogol, Pushkin, Kafka, Nietzsche, Joyce, Goethe… Um ano de mergulho de mais de 800 horas de leitura desses admiráveis filósofos; mergulho do qual não sei se sairei vivo. Enfim, estive de visita à terra de Osman.”

(Marcos Wilson Spyer Rezende, jornalista e escritor, autor do romance Fogo, Cerrado!)


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