Osman/filmes

“A adaptação, mesmo fiel, de uma obra literária para o cinema, como no caso de Vidas secas ou da versão soviética de Guerra e paz, permite aferirmos o imenso desnível entre os dois mundos. Constituem, tais empreendimentos, nos quais se evidencia o ilimitado alcance espiritual da literatura, nada mais que ilustrações, homenagens ao texto literário, atos de aproximação entre este e o público. Não pode o filme sequer aspirar a substituir o livro – do qual, uma vez transposto, resta apenas um halo –, reduzindo o leitor a espectador; deverá, antes, constituir um liame, destinado a elevar o espectador a leitor.”

(Osman Lins, Guerra sem testemunhas.)