“Mário de Andrade é dos grandes e marcou com seu espírito, de maneira profunda, as letras e as artes tanto paulistas como brasileiras. Sua admirável personalidade abrange um âmbito ainda não alcançado por outra em nossa terra. Feliz amálgama de dons intelectuais e artísticos bem como de qualidades humanas muito pessoais, Mário foi um centro de convergência de iniciativas, admirações, estímulos, influências e amizades que se irradiou em atuação permanente até o fim de sua vida e que ainda perdura. Exercendo a crítica, fazendo poesia, romance, conto e ensaio, tanto se empenhando no campo da música, das artes plásticas como das letras, foi um dos pontos mais altos da inteligência de São Paulo e como tal deve ser estudado, já que de São Paulo está profundamente impregnada toda a sua obra, seja na ternura e na emoção, seja na persistência dos temas, seja na captação psicológica, seja na linguagem de que foi revolucionário e criador.”
(Maria de Lourdes Teixeira, “Planisfério da Ficção Paulista”, Esfinges de papel.)