“Não serão nossos livros algo de inarticulado; nem um eco de vozes coletivas. Buscando um equilíbrio difícil, não deveremos exacerbar na obra o antagonismo em que se apoia e do qual temos ciência; nem tender a superá-lo mediante a simples rendição. No momento em que, corrompendo-nos, decidimo-nos pelas satisfações do fácil orgulho ou do fácil reconhecimento, já não somos escritores: desembaraçamo-nos de nossos encargos, os quais se fazem hoje necessários com maiores razões que em outros tempos.”
(Osman Lins, Guerra sem testemunhas.)