Vale das ameixas/mulheres

“Agora é você com você, e o resto não existe. Exceto Laura. Embora não tivesse mais notícias dela. […] Não esqueceria também da Éden, ah, nunca. Minha professora mais que do Túlio, agora crescido, se resolve sozinho. Também não esqueceria jamais a Núbia, a forte e determinada Núbia de meus sonhos pós-Laço de Fita, laço desfeito. Não mais nenhum controle das paixões. […] Laís, ah, Laís e o seio pequenino, ai, me caberia inteiro na boca, oh, Laís, meu sonho, meu pecado; Piedade, a fiel Alzira; Léa, Léa do meu devaneio, outras – quantas? –, anônimas, todas as mulheres são irmãs ou namoradas, e Loren, Loren bailando na minha alma, minha febre, meu amor no tempo de madureza. Há que amar e calar. A casa é pequena, mas tudo em mim é enorme. Uma sede insaciável.”


(H.A., Vale das ameixas.)