“Fechei o livro. Ele não resistiu. Apenas sorriu com suas folhas. E eu, antes de deixá-lo na prateleira onde o havia encontrado, sussurrei:
‘Sei que sempre existirá. Um dia, terá um título. Que esse dia demore. E que você cresça ainda mais.’
Quando saí, o sino da igreja ainda cantava. Mas era diferente agora. Como se o som também tivesse lido o livro comigo. E talvez tivesse sido ele – o sino – quem escrevera a primeira frase.”
(Lara Vaz-Tostes, Por dentro, de onde os nomes nascem.)