A voz dos sinos/soneto

“Hugo Almeida indaga: o que há de mais sagrado

do que o palavra que fica, eterna e forte,

e a sua ânsia em buscar a liberdade

assim como Osman Lins fez em toda a sua obra?

***

E sagrado é o sino, signo que ressoa

Segredos, mistérios, aura de religiosidade,

Belezas sob a carapaça protetora

E as abissais regiões onde a alma arde.

***

Enquanto vou e venho de um livro ao outro

Entre intertextos e transfigurações

É que percebo na argila o perene sopro.

***

A plenitude brota nessas criações

Dádiva de um texto artístico, cristalino

Poético, trabalho de ourives, sinfonia.”

(Caio Junqueira Maciel, “Soneto desentranhado da leitura de A voz dos sinos”)

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