“A ambição do romance é desmedida, assim como a capacidade do autor de fazer-se jus. Mede-se o Grande sertão: veredas é pela Ilíada, pelo Quixote, pelo Ulysses de James Joyce. O que a obra rosiana tem de especial é a amplitude do tempo e do espaço, replicada e traduzida na amplitude da experimentação de linguagem do narrador, o ex-jagunço Riobaldo, apelidado Tatarana. O sertão é o mundo, diz ele. […] Ler Grande sertão: veredas não é só conhecer o maior romance da língua portuguesa; é ter uma experiência transformadora – da consciência de si mesmo e das possibilidades de investigar a condição humana por meio do idioma.”
(Eloésio Paulo, 201 romances brasileiros em 5 minutos cada.)