“Para formar cidadãos críticos e independentes, difíceis de manipular, em permanente mobilização espiritual e com uma imaginação inquieta, nada melhor do que bons romances. […] Incivilizado, bárbaro, órfão de sensibilidade e pobre de palavra, ignorante grave, alheio à paixão e ao erotismo, o mundo sem romances, esse pesadelo que procuro delinear, teria como traço principal o conformismo, a submissão generalizada dos seres humanos ao estabelecido. Também nesse sentido seria um mundo animal.”
(Mário Vargas Llosa [1936-2025], “É possível pensar o mundo moderno sem o romance?”, A cultura do romance.)