Mil corações/densidade

“Comecei a ler Mil Corações Solitários e estou encantada com o modo como a linguagem se move no livro – há uma força silenciosa nas entrelinhas, um ritmo que parece respirar junto do que é dito e do que fica por dizer. Sua escrita é distinta, instigante, feita de pausas e sutilezas que dão corpo à solidão humana com rara sensibilidade.

Níobe, em especial, me impressionou. Há algo profundamente verdadeiro na forma como ela se expõe e se protege, como se cada carta fosse um espelho que revela o íntimo e o disfarce. É uma personagem que permanece – mesmo quando o texto se encerra, ela ainda pensa em nós.

Parabéns pelo livro, pela coragem da forma e pela delicadeza com que faz a dor falar em voz baixa. É bonito ver uma escrita que não teme o silêncio, que confia na densidade da palavra.”

(Lara Passini Vaz-Tostes, autora, entre outros livros, de Por Dentro, Onde Os Nomes Nascem, Mitos investidos e O lugar que não existe [mas sou eu]. Belo Horizonte.)


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