“O cânone da literatura ocidental é um recorde minúsculo diante dos séculos de produção textual no continente. Esse quadro expressa estatisticamente, conforme critérios avaliativos da tradição eurocentrada, que há um infinito de textos ruins para cada texto bom. A Modernidade reordenou a qualificação dos textos literários, dando continuidade em grande medida a uma série de pressupostos já vinculados à tradição grega, como os conceitos de ‘mimese’ e ‘verossimilhança’, por exemplo, acentuando o aspecto de linearidade que atravessa o campo hegemônico das teorias da literatura de base ocidental.”
(Jorge Augusto, Modernismo negro – A literatura de Lima Barreto.)